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As inacreditáveis ondas cerebrais de meditadores de alto nível

Um estudo conduzido pelo neurocientista Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin (EUA), descobriu que pessoas que meditaram por milhares de horas exibem uma diferença notável em suas ondas cerebrais em comparação com a média das pessoas O psicólogo Daniel Goleman, que coescreveu “Altered Traits” com Davidson, explica melhor o que isso significa: Sem precedentes O neurocientista trouxe meditadores de alto nível, que vivem tipicamente no Nepal ou na Índia, alguns na França, para o seu laboratório em Wisconsin. Usando scanners cerebrais, realizou testes avançados com os indivíduos, alcançando resultados surpreendentes e sem precedentes na ciência. Por exemplo, Davidson descobriu que as ondas cerebrais dos meditadores são realmente diferentes da média. Talvez o achado mais notável tenha a ver com o que é chamado de “onda gama”. Todos nós obtemos ondas gama por um período muito curto. Digamos, logo quando resolvemos um problema, os cientistas podem detectar cerc...

Benefícios da meditação diária podem se estender por até sete anos, diz estudo

Pesquisa acompanhou 60 participantes em retiro de três meses e mediu as variações cognitivas seis meses, 18 meses e sete anos depois após encontro
Meditar com frequência melhora a capacidade de atenção do cérebro por até sete anos, mostrou um estudo publicado no Journal of Cognitive Enhancement. A prática também traria outros benefícios a longo prazo, além de diminuir as perdas cognitivas que acontecem conforme envelhecemos.
Estudo mostrou que praticar meditação continuamente contribui para melhorias na capacidade de atenção
“Esse estudo é o primeiro a oferecer evidências de que a prática intensiva e contínua de meditação está associada a melhorias duradouras na atenção sustentada e inibição de resposta, com o potencial de alterar trajetórias longitudinais de mudanças cognitivas na vida de uma pessoa”, aponta o relatório.
Para conseguir medir tais melhorias, os pesquisadores reuniram 60 pessoas e as classificaram de acordo com a idade, gênero e tempo de experiência com meditação  em dois grupos. O primeiro grupo foi enviado para um retiro de meditação por três meses. O segundo foi monitorado nesses três meses iniciais e, em seguida, enviado para o mesmo retiro onde os participantes recebiam treinamento de um mestre budista durante seis horas por dia, passando por sessões de meditação em grupo e individual.
Os cientistas, então, acompanharam os participantes em três momentos: seis meses, 18 meses e sete anos após o retiro. No último encontro, foi pedido aos participantes que estimassem a quantidade de tempo que dedicaram à meditação semanal e anualmente ao longo dos sete anos, como foi essa prática e se eles chegaram a participar de outro retiro (por quantos dias e quantas vezes). Entre os resultados iniciais, viram que 85% deles compareceram a pelo menos um retiro de meditação após o inicial.
Além do questionário, os participantes foram submetidos a uma série de estímulos e atividades durante 32 minutos para determinar a capacidade de atenção deles em cada etapa do monitoramento. Os pesquisadores observaram que, logo após o retiro de três meses, no início da pesquisa, as capacidades cognitivas de todos os participantes haviam melhorado.
Sete anos depois, os benefícios  se mantiveram parcialmente entre os participantes que praticavam meditação durante pelo menos uma hora por dia e frequentaram outros retiros.
Em comparação, nos outros participantes, com rotinas menos intensas de prática de meditação, para os quais se esperava uma perda nos benefícios obtidos, foi observado surpreendentemente que as melhoras cognitivas também se mantiveram, ainda que parcialmente, e o declínio da capacidade de atenção, típica do envelhecimento, se mostrou menor do que o normal.

Contratempos e conclusões 

O estudo admite que o estilo de vida e a personalidade dos participantes, bem como a honestidade deles nas respostas do questionário pode ter interferido de forma pequena na pesquisa.
Estas alterações, entretanto, não seriam significativas, pois os resultados dos testes de estímulo, que não podiam ser burlados, mostraram que os efeitos da meditação se estabilizaram entre todos os participantes e foram bastante similares, mesmo com as variações na intensidade de treinamento. 
Para os pesquisadores, isso pode levar a novas reflexões sobre o quanto a meditação pode, de fato, interferir no funcionamento do cérebro. Para conferir o estudo completo  clique aqui .


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